Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br
O IBGE atualiza hoje (15) o Mapa das Redes do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) 2021, na escala 1:5.000.000 – na qual um centímetro equivale a 50 quilômetros. O produto é voltado a estudantes e profissionais da educação, engenharia, georreferenciamento, gestão pública e estudos científicos.
O mapa mural apresenta as cinco redes do sistema geodésico do país: 1) a gravimétrica, composta por estações gravimétricas, com informações sobre a aceleração da gravidade; 2) a altimétrica, composta pelas referências de nível, que têm altitudes de precisão obtidas por meio de nivelamento geométrico; 3) a planialtimétrica, por sua vez, composta pelas estações SAT, cujas coordenadas geodésicas foram obtidas através do posicionamento pelo Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS).
Além dessas três, há duas redes geodésicas ativas: a Rede Maregráfica Permanente para Geodésia (RMPG) e a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC). A RMPG observa as variações do nível do mar para vinculação de sistemas altimétricos costeiros ao Sistema Geodésico Brasileiro e estudos climáticos. Essa observação é feita por meio de sensores instalados em cada estação.
Já os dados GNSS da RBMC são utilizados para a determinação de coordenadas de precisão, essenciais para diversas aplicações, como agricultura de precisão, estudos atmosféricos e demarcação de terras, entre outros.
De acordo com o gerente de Sistemas e Dados da Coordenação de Geodésia e Cartografia do IBGE, Aislan Ferreira, as redes geodésicas, que integram o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), são atualizadas de forma permanente, por meio de campanhas de medição e cálculos feitas pelo Instituto.
“Parte da atualização dessas redes também é realizada pela sociedade em geral, através do processo de homologação de marcos geodésicos, cujos dados são submetidos ao IBGE e são incorporados ao SGB, se atendidos os requisitos previstos”, diz.
O mapa fornece uma visão ampla da distribuição das estações geodésicas componentes dessas redes no território brasileiro, e apresenta, individualmente, cada tipo de rede, em três mapas na escala 1:22.000.000.
Nela, um centímetro equivale a 220 quilômetros. Por causa do número alto de estações geodésicas, o Estado do Rio de Janeiro, o Distrito Federal e as regiões de Florianópolis e Recife são mostradas em destaque, em escalas específicas.
Ainda conforme o analista, o conhecimento da distribuição das estações geodésicas, passivas e ativas, permite um melhor planejamento dos usuários, que necessitam de dados oficiais fornecidos por elas para aplicação em várias áreas. “[Elas] podem ser utilizadas para obter ou transportar coordenadas geográficas (latitude e longitude), altitudes ou valores de gravidade oficiais, para aplicação em obras de engenharia, como barragens, hidroelétricas, canais de irrigação e saneamento básico; em sistema de transportes; confecção de mapas; estudos demográficos e populacionais, entre diversas outras aplicações”, afirma.
O produto foi elaborado a partir das informações de setembro de 2021, obtidas no Banco de Dados Geodésicos (BDG), e de 2016, para a Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo (BCIM). Informações completas sobre cada estação dessas redes podem ser obtidas no Portal do BDG. O mapa está disponível em PDF e, a partir desta versão, tem um QRCode associado, facilitando o acesso às informações descritivas e às diferentes versões já produzidas. A atualização acontece a cada dois anos.